“Tati, mas porque você se refere a nós como clientes? O certo não seria pacientes?” ⠀ Pois é, minha gente, o texto de hoje foi sugerido por uma cliente. Sim, cliente! ⠀ Esse termo é usado de propósito para fugir das conotações negativas da palavra “paciente”: um sujeito passivo, que recebe um tratamento ministrado por alguém que sabe mais do que ele sobre o que ele está vivendo e sentindo. ⠀ Diferente disso, o cliente é alguém que contrata um profissional para que este o ajude a resolver um problema. Eles irão estabelecer uma relação de parceria, na qual o cliente tem todas as informações sobre o que está acontecendo, e o profissional tem algumas ferramentas que podem ajudar; juntos irão concordar em um plano para resolver o problema, cada um fazendo a sua parte. ⠀ Pense num trabalho de consultoria, ou num advogado, num contador: todos esses profissionais colocam seu conhecimento técnico a serviço de ajudar a resolver as questões trazidas por seus clientes. Nesse sentido o trabalho do psicólogo tem algo em comum com o desses profissionais. ⠀ (Existem diferenças também. Caso queira se aprofundar um pouco nisso, dê uma olhada nos textos sobre a relação terapêutica!) ⠀ O importante é saber que usamos o termo “cliente” como um lembrete de que nunca nosso conhecimento técnico pode se sobrepor ao conhecimento específico do cliente sobre sua situação, e nem nossa relação pode ser de outra natureza que não uma parceria.
E aí, essa também era uma dúvida sua? Já tinha parado para refletir sobre os porquês destes termos?