O cérebro autista tem mais sinapses que o do neurotípico, o que resulta num cérebro mais interconectado. Isso faz com que ele funcione diferente.
Uma das áreas onde essa diferença é muito perceptível é a do processamento sensorial.
Um autista pode experimentar: - sinestesia, quando as diferentes áreas do córtex sensorial são conectadas entre si; - conexões do córtex sensorial com qualquer outra área do cérebro, resultado em capacidades ou dificuldades idiossincráticas; - alterações no limiar de percepção de estímulos - hiper ou hipo sensível; - alterações no limiar de resposta - hiper ou hipo reativo; - alterações na resposta instintiva eliciada pelo estímulo; - diferenças nos processos de habituação e dessensibilização.
Tudo isso muda como o autista sente e percebe o mundo, o que por sua vez faz com que os estímulos tenham funções para os autistas que são diferentes daquelas que eles têm para os neurotípicos.
Algo que é prazeroso para neurotípicos pode ser desagradável para autistas, e vice-versa. Essas diferenças impactam diretamente a análise funcional dos comportamentos dos autistas, e pela falta desse entendimento é que muitos psicólogos enfrentam os casos que “não caminham”.
Como sempre, o resumo da ópera é que não dá pra atender autista sem entender de autismo!