Eu não poderia encerrar essa série sem falar da emoção mais querida: a alegria!
A alegria tem sido maltratada na nossa sociedade: virou obrigação. O discurso do pensamento positivo dentro de uma cultura que prega a busca incessante pela felicidade transforma a alegria numa meta trabalhosa, sufocante. E quando ela não vem - porque as outras emoções também precisam de espaço para vir - ao invés de isso ser sentido como natural, acaba virando um fracasso. É contraditório, mas é o que é: a busca incessante pela felicidade muitas vezes produz tristeza e frustração.
Não queremos saber disso por aqui: aqui o que a gente realmente quer é a liberdade do sentir!
E no entanto, de forma paradoxal, como tantas outras coisas dentro do mundo da psicologia, a liberdade de se relacionar com as outras emoções muitas vezes acaba nos levando em direção à alegria. Ela será experimentada depois que aprendermos a dialogar com a tristeza, a utilizar de maneira produtiva a energia da raiva, a conviver com a ansiedade, e por ser capaz de conviver com ela, conhecer o caminho para espantar o tédio, e se envolver em aventuras que possam preencher a sua vida de coisas que te causariam inveja se estivessem acontecendo com outras pessoas.
Nessa hora, você estará vivendo uma vida plena, direcionada a seus valores, numa relação saudável com seus sentimentos. Você estará experimentando alegria!